sexta-feira, 16 de março de 2012

6/30 Sobre uma rua

Um dia desses estava andando pela rua S. Francisco Xavier, aqui perto da minha casa e lembrei de um passeio muito gostoso que fiz nessa rua, em 2009, com uma pessoa particularmente especial.

Era o último dia de um workshop de teatro que tínhamos participado juntos e estávamos voltando para casa a pé. Passando agora pelos mesmos lugares, fui relembrando das histórias que compartilhamos naquele trajeto.

Falamos sobre a Dapi, a maníaca dos workshops que, como se estivéssemos no Fantástico, resumiu toda a sua vida e seus 380 workshops em 15... minutos. Compartilhamos da felicidade que estávamos sentindo de fazer parte uma peça que, ao contrário do que o nome sugeria, elevou nossos espíritos de uma maneira singular. Ele também me contou como, por causa de um acidente, um certo cruzamento naquela rua levava o seu nome.

Na volta para a casa, decidi seguir pelo lado oposto da rua, observando de longe aqueles dois corpos fluidos seguindo o seu caminho, como uma espectadora que já conhece os próximos acontecimentos daquele filme. Pensei nas tantas coisas que aconteceram conosco depois daquela caminhada, e nas coisas que aprendi.

Amar alguém requer amor próprio.
Não existe relacionamento perfeito, mas existe uma perfeição em cada relacionamento real.
O melhor sentimento do mundo é a fluidez.
E tudo que experimentamos a partir dela.

Em 2009, a esquina da minha rua foi o local onde nos separamos e me vi apaixonada por ele. Agora, nesse mesmo lugar, pensei em como a vida nos juntou e o que nos mantém unidos desde então, e me senti feliz pois mesmo depois de todo esse tempo, eu ainda amo ser apaixonada por ele.

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