domingo, 6 de maio de 2012

Praia

Praia, aqui estou eu de novo. Naqueles dias quando o barulho do nada te tira dos eixos, nada melhor do que ela.

Chegar e jogar longe o que acredito ser a invenção mais cruel que fizemos, os sapatos. Pés descalços, livres, relaxados, os grãos de areia entre os dedos, a água gelada gerando arrepios, o salgado do mar.

As ondas que me levam e me trazem ao mesmo lugar, muito diferente daquele de onde eu parti; que me levam e me jogam pra longe, num caminho sem estradas, placas, expectativas, pressões, compromissos.

Daqui vou para qualquer lugar, sem pressa, sem relógio, sem culpa. Vou pra onde eu mesma me chamar.

Aqui eu dou o primeiro passo em direção ao lugar onde quero estar.

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