terça-feira, 25 de agosto de 2009

Aos desconhecidos: os nomes

O que quer que deixe o seu corpo entre sons e movimentos. Feições que lhe passam pelo rosto, mesmo que durante frações de segundos. Um tom de voz que se pronuncia maior que as próprias palavras. O ritmo de todas as suas ondas.

Uma constante entre diversas ações. O inesperado diante do familiar. Emoções que te arrastam aos lugares mais improváveis. Descobertas silenciosas que ocorrem entre outros silêncios. Entre os silêncios dos outros.

Seus sons favoritos. Os cheiros inesquecíveis. As cores das diversas saudades. Os ecos das lembranças cheirosas, daquelas caixas destampadas por acidente. As fotos dos momentos que ficaram. As fantasias psicodélicas de tudo que se espera.

"Uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos."

Deixemos os nomes para os outros, para os desconhecidos. Entre nós, fiquemos com o inominável, com a carinhosa fluidez, com a confortadora falta de nomes.

2 comentários:

Gustavo disse...

Adorei o nome, aliás, o texto.
Enfim 'A Torre de Bebel' é ótimo.
Abraços,

Gustavo

BEM Nascimento disse...

Cada vez se libertando mais?
Excelente escrita, gostei muito... =)