Não é a primeira vez que eu sento em frente a essa torre desde o último post. Podia dar a desculpa da falta de tempo, se é que eu preciso de desculpas pra não escrever, mas não foi bem por isso que não estive por aqui.
Sentei pelo menos mais uma vez pra escrever, extasiada por um final de semana incrível que tive, onde vi depoimentos crus de pessoas que achava que conhecia. Mas a gente não conhece ninguém até vê-la totalmente desarmada, falando coisas que aparentemente não fazem nenhum sentido. Até vê-la pura, livre de ideias alheias.
Escrevi vários textos e trechos de textos e não tive coragem de postar nenhum. De que adianta um texto se você reescreve cada palavra cinco vezes? Se você começa a se questionar o que os outros irão achar dele?
Tentei ser sincera nos últimos textos e percebi como soam falsos hoje. Ai, falsos não... palavra pesada demais, não define. Como soam calculados hoje. Não adianta... todos os adjetivos que hoje aplico a eles possuem uma carga negativa gigante, esmagadora.
Sempre admirei esse puro-cru, esse ponto onde a mente processa e a boca não filtra, não tenta reorganizar. Acho que é um daqueles casos onde você admira o que mais lhe falta. Não sou falsa, mas não posso me atrever a dizer que sou sincera, pelo menos não do jeito que eu defino a sinceridade.
A gente só conhece alguém quando ela está desarmada, e meu arsenal tem estado carregado.
Quando comecei a torre, achei que conseguiria aqui atingir essa sinceridade, e foi só descobrir que gente conhecida, amiga, lia a torre pra eu me rearmar completamente... Cansei.
Que venham textos crus, cheios de mãos abanando, sem armas nem flores. Que venha a sinceridade dos verdadeiros conhecidos.
Que me venha a coragem
domingo, 12 de julho de 2009
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