"Diga uma coisa um número suficiente de vezes, e você nunca mais a esquece."
Todo mundo tem uma coletânea de momentos importantes. A maioria desses momentos, não vivenciamos sozinhos, tem sempre um punhado de gente que faz com tudo aconteça. Agora... já passou pela situação de ser a única pessoa a se lembrar de um momento como esse? Precisamos de inúmeras pessoas pra armar o circo e no final de tudo, só você levou a foto do espetáculo armado pra casa?
Eu costumava ficar chateada com situações como essa. 'Como assim você não se lembra disso?' Mas descobri que esses são apenas momentos que eu sublinhei no meu livro. Li e reli essas passagens diversas vezes, e portanto, nunca mais as esqueci. E, sorte a minha, eu sublinho o que eu quiser no meu livro.
Mas existem também aquelas passagens que não fomos nós que escolhemos mas que fazem parte do nosso livro, fazem de nós o que somos. E não estou falando de livre abítrio, estou falando de fatos que fogem do nosso controle e que não conseguimos prever, que batem na gente sem nem sentirmos um ventinho antes. Esses são os negritos.
Como livros de segunda mão, que já vêm sublinhados, você não consegue não prestar atenção neles. Às vezes, você não quer nem reler essas partes, mas elas são tão fortes que fica difícil não ser atraído por elas. O alívio vem que se sublinha um livro de qualquer cor e o negrito ainda está vestido de preto e branco, esperando pra ser bordado com a cor que você escolher.
São duas idéias aqui: os negritos e os sublinhados. Dê o mesmo livro pra diversas pessoas lerem. Todas se lembrarão dos mesmos negritos, que já vieram impressos nas folhas, mas cada uma vai lembrar do seu próprio sublinhado.
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2 comentários:
Bebel, vc é negrita e sublinhada!
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